agosto 16, 2008

À JANELA DO FADO (Livro)

(continuação)

— Podem haver outras formas de leitura, como a Internet por exemplo, mas… um livro é sempre um livro, nada é melhor que o prazer da leitura. É pena que no nosso país, o índice de vendas de livros seja tão baixa, em comparação por exemplo, com a venda diária de jornais desportivos em que somos dos países que mais lê, infelizmente.
— Mas voltando ao fado, podes ler, quando quiseres, muita coisa sobre o tema. Dos que conheço, aconselho-te os seguintes livros:


“A TRISTE CANÇÃO DO SUL: Subsídios para a História do Fado”.
De: Alberto Pimentel
Lisboa: Livraria Central Gomes de Carvalho, 1904
Reed. / Lisboa: Dom Quixote, 1989
“AS ALEGRES CANÇÕES DO NORTE”
De: Alberto Pimentel
Lisboa: Livraria Viúva Tavares Cardoso, 1905
“FADO, Dança do Brasil, Cantar de Lisboa”
De: José Ramos Tinhorão
Lisboa: Caminho, 1994
“O FADO”
De: Teresa Castro d’Aire
Lisboa: Temas da Actualidade, 1996
“A MITOLOGIA FADISTA”
De: António Osório
Lisboa: Livros Horizonte, 1974
“AS MÚSICAS DO FADO”
De: Ruben de Carvalho
Lisboa: Campo das Letras, 1994
“HISTÓRIA DO FADO”
De: Pinto de Carvalho (Tinop)
Lisboa: Empresa da História de Portugal, 1903
Reed. / Lisboa: Dom Quixote, 1984
“O FADO, Canção dos vencidos”
De. Luís Moita
Lisboa: Empresa do Anuário Comercial, 1936
“LISBOA, O FADO E OS FADISTAS”
De: Eduardo Sucena
Lisboa: Veja, 1992; 2ª ed. / Lisboa: Veja, 2002
“HISTÓRIAS DO FADO”
De: Mª Guinot, Ruben de Carvalho e José M. Osório
Lisboa: Ediclube, 1999
“UM SÉCULO DE FADO”
De. Ruben de Carvalho
Lisboa: Ediclube, 1999
“FADO FALADO”
De: Baptista Bastos
Lisboa: Ediclube, 1999
“A GUITARRA PORTUGUESA”
De: Pedro Caldeira Cabral
Lisboa: Ediclube, 1999
“FADO Origens Líricas e Motivação Poética”
De: Mascarenhas Barreto
Lisboa: Aster, s.d. 1969
“PARA UMA HISTÓRIA DO FADO”
De: Rui Vieira Nery
Lisboa: Público, 2004
“O FUTURO DA SAUDADE:
O novo fado e os novos fadistas”
De: Manuel Halpern
Lisboa: Dom Quixote, 2004
“FADO”
De: José Régio
Porto, 1941
5ª Ed. / Porto: Brasília Editora, 1984
“AMÁLIA: Uma biografia”
De: Vítor Pavão dos Santos
Lisboa: Contexto, 1987
“MAIS FADO & COMPANHIA”
De: Vasco de Graça Moura
Lisboa: Público, 2004
“EUSÉBIO MACÁRIO”
De: Camilo Castelo Branco
(colecção portuguesa)
Porto: Porto Editora, 1991
“A SEVERA”
De Júlio Dantas
Porto: Porto Editora, 1973
“BAIRRO ALTO”
De: Avelino de Sousa
Lisboa: Livraria Popular, 1944
“FADOS E CANÇÕES”
De: António Roseiro
Edição de autor, 1992
“PEDAÇOS DE MIM”
De: José Guimarães
Edição da C. M. de V. N. Gaia, 1997
“LABOR DAS ENTRANHAS”
De: Torre da Guia
Edição de autor, 1989
“FADOS E POEMAS”
De: Eugénio Bento
Edição de autor, 2001
“POESIA DE VERDADE”
De: Joaquim Guedes Lopes
Edição de autor, 2005
“RETALHOS DE UMA VIDA”
De: Laura Justino
Edição de autor, 1997
“FADO, CANÇÃO VENCEDORA”
De: Pinto Guimarães
Edição de Autor, 1938
“FADO A TROVA PORTUGUESA”
De: Artur Arriegas
Lisboa: Livraria Barateira, 1992
“HISTÓRIA DA POESIA POPULAR PORTUGUESA"
De: Teófilo Braga
Porto: Tipografia Lusitana, 1867
“CANTIGAS DO FADO”
De: Joaquim Carpeta
Lisboa: Livraria Camões, 1955
“O FADO”
De: Bento Mantua
Lisboa: Livraria Bertrand, 1915
“FADO, MULHERES E TOIROS”
De: Luís Pepe
Lisboa: Livraria Francisco Franco, 1945


— Não fazia ideia que houvesse tanta coisa escrita sobre fado – disse o Márcio.
— Há muitos mais, não tenho conhecimento de tudo! Mas se quiseres, podes ainda consultar a Internet… Encontras centenas de sites sobre o assunto

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Marques e o Márcio, iam quase a entrar na VCI de regresso a casa, quando quase em simultâneo disseram:
— Ainda é tão cedo!
— Vira aí o carro, vamos até à Sé, gostava de ir à Mariquinhas beber um copo e ouvir o Manuel Barbosa e a Sandra Cristina que estão lá.
— Estava a ver que não dizias…Nunca falaste tão bem, aí vamos nós…
Sempre foram bem recebidos em qualquer parte que entrassem, mas hoje a noite era de recomendações para sábado:
— Atenção meu senhores amanhã, vão lá estar dois fadistas da Sé! – Diziam numa mesa.
— Não se esqueçam de ouvir o representante do Monte Aventino! – Diziam de outra.
— Está bem, está bem! Nós vamos ouvir toda a gente com a atenção que merecem, ou não confiam em nós?
— Silêncio meus senhores, vamos ao fado! – Falou em voz alta o apresentador e toda a gente se calou, a Sandra Cristina ia cantar. E como cantou…
— A Sandra tem uma voz maravilhosa! Não achas Márcio?
— É verdade. E sabes que muitas vezes cheguei a pensar, que ela a perderia? É que A Sandrinha começou muito novinha, lembro-me de a ouvir ainda menina no Fafe onde o pai (o velho Cintra) a levava e quantas vezes dali, ainda ia cantar noutros lugares, nessa altura eu pensava cá para mim: “Será que a Sandra vai aguentar a sua voz com este desgaste”?
— Felizmente continua com esta voz limpinha que dá gosto ouvir.
A Sandra Cristina veio sentar-se com o marido, à mesa destes amigos de sempre. O Fernando vê-se bem que tem um orgulho enorme (e muita vaidade), naquele palminho de rosto tão bonito.
O resto da noite foi passada a relembrar tempos antigos, desde as noites passadas no Fafe, passando pelas tardes de domingo no Retiro da Linha, acabando nas noites das “Francesinhas” em Leça no Ricardo…
Ainda ouviram o Manuel Barbosa a cantar no “Solene” o fado: “Já não rezo há tanto tempo”.
— Linda letra! Quem é o autor Fernando?
— É do mesmo autor de “Anos de Casados”, que o Nelson Duarte canta, o Manuel Carvalho.
Ainda ouviram mais uns fados, beberam mais uns copos e conversaram muito.
— Ó Fernando, a tua Sandrinha não está aqui permanente, pois não?
— Não! Só veio fazer a vez da Rosa Cruz que teve um espectáculo. Não gosto muito que ela esteja “agarrada” numa casa de fado. Antes quero que ela faça espectáculos esporádicos. Depois sabes bem que ela não aguenta esta vida com os compromissos que tem. A Sandra além de cantar, ajuda-me no restaurante, trabalha no emprego dela, estuda na faculdade e ainda é mãe! Chega?


Pág.25 (continua)

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